A velhice chega para todos, inclusive para os animais de estimação. De acordo com levantamento da DogHero, divulgado no ano passado, mais de 50% da população pet da América Latina tem mais de 8 anos de idade. Se antes isso era motivo de preocupação, agora nem tanto. Afinal, de acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria Veterinária, a expectativa de vida de cães de grande porte passou de 7 para 12 anos. É que o tema é cada vez mais discutido, sensibilizando empresas a apostarem em produtos e serviços para esse público.
O norte-americano Matt Kaeberlein, Ph.D. e CEO da Optispan, participou do Dog Aging Project, que é o maior projeto de pesquisa de longevidade canina do mundo. Realizado nos Estados Unidos, analisa como os cães envelhecem e a importância de se manter uma rotina saudável ao longo da vida. O especialista veio para o Brasil para o Congresso PET VET, realizado na feira PET VET, a principal do setor veterinário da América Latina.
Na ocasião, explicou que as descobertas sobre o envelhecimento saudável dos companheiros caninos deverão se traduzir em avanços médicos para os humanos também. O estudo levou em conta o ambiente que os animais eram criados, se tinham acesso à saúde, a prática de exercícios e alimentação balanceada.
“Quando perguntamos a um tutor se o animal de estimação dele é saudável, geralmente, ele diz que sim, mas destaca uma doença específica. É saudável, só tem isso… E aí é um ponto de atenção, afinal essas doenças precisam ser acompanhadas e tratadas. Não podem ser diminuídas assim”.
O especialista ressaltou que, nos Estados Unidos, a maioria dos tutores não cuida da saúde bucal dos animais. “A saúde bucal é muito importante e, se não for tratada de forma correta, pode ser a porta de entrada para outras doenças.” Além de se atentar a isso, o estudo recomenda incluir na rotina dos pets exercícios físicos, alimentação balanceada e passagens periódicas aos médicos para ampliar a longevidade do animal.
O levantamento mostra, ainda, que cães com rotina de exercícios físicos têm mais chances de não desenvolverem demência. O projeto destaca também que os que se alimentam duas vezes por dia têm menor probabilidade de desenvolver doenças relacionadas à obesidade. “Claro que cada caso é um caso e deve ter acompanhamento veterinário”.
Em relação ao Brasil, Matt diz que deve fazer um projeto de monitoramento de quatro anos em cachorros do país para passar aos veterinários e aos tutores dados que permitam um atendimento mais personalizado para cuidar da saúde dos pets.
Mas enquanto o estudo não é feito, as marcas nacionais já se mobilizam para oferecer produtos que contribuam cada vez mais para a qualidade de vida deles. Na PET VET e na PET South America, feira pet realizada simultaneamente à veterinária, esses itens chamaram a atenção, entre eles:
Casa de vidro
O cuidado com o espaço onde o animal vai descansar ou dormir deve ser levado em conta. Por isso, a Blindex desenvolveu uma casa de vidro, que traz maior acessibilidade e pode ser projetada de forma personalizada. Referência na indústria brasileira de vidros há mais de 70 anos, a empresa ampliou a sua atuação para o mundo pet. Ingrid Szebeny, coordenadora de Marketing, diz que a marca está olhando bastante para esse mercado com soluções que são boas tanto para o visual do espaço, em questão de arquitetura, quanto para o bem-estar animal. “O vidro é um material que não absorve as impurezas do ambiente e não prolifera pulgas e carrapatos”.
Alimentação Personalizada
Oferecer uma ração que conte com os nutrientes necessários para a terceira idade dos pets é muito importante também. Por isso, a MegaZoo usou biotecnologia avançada para criar uma ração AntiAging, sem corantes artificiais, voltada a alguns tipos de pássaros, porquinhos e coelhos. Segundo a veterinária Raíssa Santos, esse produto previne problemas renais e de articulações.
A Farmina PetFoods é outra marca que desenvolveu uma linha para os pets mais seniores. A Vet Manager da empresa, Patrícia Padovez, destaca a importância de ter produtos antioxidantes e com mais fibras nessa fase da vida. “Isso ajuda a atrasar o processo de envelhecimento do animal e a manter uma alimentação balanceada.” O alimento tem até um formato diferenciado para facilitar a mastigação dos pets que já estão perdendo os dentes.
Coleira para evitar colisão
De olho na autonomia e no conforto para cachorros cegos, seja por problemas de visão ou em decorrência da idade, a Blindog desenvolveu uma coleira com um dispositivo acoplado que identifica obstáculos e emite vibrações. De acordo com Igor Wisnievski, representante comercial de vendas da marca, a ideia é que o cão, ao perceber o novo estímulo, associe a vibração aos obstáculos e passe a desviar deles, evitando, assim, batidas e quedas.
Aparelho de pressão móvel
Também pensando em conforto, a Cardios traz uma solução para o tutor que precisa medir de forma mais frequente a pressão do animal. O aparelho apresentado na PET South America mede a pressão através de um dispositivo móvel, que pode ser levado para qualquer lugar, e que atua de forma rápida, confortável e silenciosa. Segundo Rejane Pereira, assistente da análise cardiológica, o equipamento é muito recomendado para gatos, principalmente os em idade avançada, que podem desenvolver mais problemas renais e que precisam da medição mais vezes.
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