Os brasileiros são conhecidos por sua grande simpatia e espírito acolhedor, o que se estende aos bichinhos de estimação, já que somos o terceiro país do mundo com mais pets. Por isso, ficar longe deles é um desafio e quando as viagens chegam, incluir os pets no planejamento é quase rotina, entretanto, nem todo o lugar é tão pet friendly assim, como a sede da Copa do Mundo da FIFA de 2022, o Catar.
Apesar de toda a fofura de cães e gatos, muito comuns aqui no Brasil e em outros países, no Catar o pet que mais faz sucesso é um pouco inesperado: os falcões! E esse gosto vem acompanhado de muita história. Cuidar, criar ou domesticar falcões é chamado de cetraria e é muito comum em todo Oriente Médio, desde os tempos em que os nômades beduínos usavam os falcões para ajudar na subsistência no deserto.
Hoje, a arte da cetraria virou um hobby e um símbolo de status, se popularizando ainda mais a partir de 2010, com a realização do Festival Anual de Caça e Falcões. A popularidade é tão grande que na região do Souq Waqif, maior ponto turístico de Doha, capital do Catar, se localiza o Falcon Souq, área totalmente destinada ao comércio de falcões, tratamento, treino, e também venda de acessórios necessários para sua criação, além de poder tirar fotos com falcões no braço, sem custos.
Para se ter um falcão, o custo é bem diferente de um gato ou cachorro. O preço para adquirir um falcão oscila entre os US$ 400, por um falcão comum, a US$ 20 mil pelos cobiçados falcões brancos. Existem espécies mais caras que podem custar até U$260.000. Mas, caso eles venham a adoecer ou se machucar em seus voos, sem problemas, já que Falcon Souq também abriga um grandioso Hospital de Falcões.
Lá, os animais podem realizar cirurgias ortopédicas, implantar penas, ou ainda fazer análise farmacêutica e toxicológica. Apesar de tratar animais que custam milhares de dólares, o hospital dispõe de financiamento público. Um check-up sai por QAR 100 (R$ 100) e um raio- X vai custar apenas QAR 20. O Hospital foi inaugurado em 2011 e atende mais de sete mil falcões por ano. Conta com cerca de 30 veterinários e mais de 20 funcionários especializados no tratamento, vacinação, nutrição e cuidado dessas aves garantindo a elas um serviço cinco estrelas.
Proibição de pets
Voltando aos pets que nos são mais comuns, é bom lembrar que diversas raças não podem entrar no país, seja por seu comportamento mais agressivo ou agitado, seja pelo calor da região, que não é comum à essas raças, principalmente entre abril e setembro, em que as temperaturas são altíssimas.
As raças que não podem entrar no Catar são: galgo inglês, pug, american pit bull terrier, bichon frisé, buldogue, boston terrier, boxer, cavalier king charles spaniel, chow chow, dogo argentino, pequinês, shar-pei, shih-tzu e bull terrier, além do gato persa.
Nossos amigos mais populares, os cachorros, não são muito comuns no Catar, perdendo para os gatos. Por isso, é importante confirmar os locais para leva-los, já que shoppings, restaurantes e espaços públicos não aceitam os cães e tornam a busca por opções pet friendly mais difíceis.
Se ainda assim desejar levar seu pet ao Catar, é necessário se atentar à documentação pedida no país, que exige certificado sanitário em inglês, carteira de vacinação em dia, passaporte do pet e caixa de transporte adequada. Tudo varia confirme a companhia. Mas é sempre bom lembrar que viagens estressam os bichinhos, além da diferença de clima e outros pormenores, por isso, pense bem antes de levar os pets para a festa.
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