Código Personalizado
Por Caroline Pasternack Em Mundo Animal Atualizada em 10 OUT 2022 - 14H34

Pug em House of the Dragon? Porque a aparição do cão gerou mais debates do que a presença de dragões


Crédito: HBOMAX

Quem acompanha o universo fantástico de Game of Thrones, ou qualquer pessoa que use o Twitter aos domingos, ficou sabendo da reclamação dos fãs sobre a aparição de um cachorro da raça Pug no terceiro episódio da série House of the Dragon (ou Casa do Dragão, como está sendo chamada no Brasil). A reclamação dos espectadores foi sobre a coerência de envolver um Pug no, possível, tempo histórico em que a trama se passa: a Europa Medieval.

De acordo com fontes históricas, o Pug só começou a ser visto na Europa no século 16, quando foram importados da China para serem adotados por famílias nobres. Sua domesticação também ocasionou em mudanças na raça, sendo assim, ele apareceria de forma diferente. Vale dizer que, claro, a obra de George R.R. Martin, que serviu de base para ambas as séries, possui inspirações em fatos históricos reais, como a Guerra das Rosas, mas também se passa em um universo único, com dragões e criaturas místicas.

Mas qual é a verdadeira origem da raça Pug?

Antes de chegarem na Europa, e em outros países do ocidente, os registros históricos sugerem as primeiras aparições dos Pugs na China Imperial, em que eles eram muito respeitados. Exemplo disso é que apenas membros da realeza eram autorizados a possui-los e eles eram vigiados por soldados da guarda real, possuíam seus próprios aposentos e servos, que cuidavam de todas as suas necessidades.

Os Pugs surgiram na China, mas foi na Europa que se tornaram mais populares, quando foram levados para Holanda, por volta dos anos 1500, nas mãos de comerciantes da Companhia Holandesa das Índias Orientais, responsável por toda atividade comercial nas colônias asiáticas durante esse período.

Sua popularidade aumentou graças aos cães criados pela rainha Victória no século 19, especialmente os de cor fulvo e abricot. Sua aparência mudou ao longo dos séculos e, hoje, é considerado um cão de pequeno porte, que não deve ultrapassar os 30cm de cernelha. Por ser um cão tranquilo e pequeno, é uma ótima companhia para quem mora em apartamentos e não dispõe de muito espaço físico em casa.

De acordo com a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia):

De grande charme, dignidade e inteligência. Equilibrado, feliz e muito disposto. Decididamente quadrado e robusto, ele é “multum in parvo” (muito em pouco, ou seja, cão compacto e atarracado), como mostra sua forma compacta, suas bem ajustadas proporções e sua musculatura rija, mas nunca deve apresentar patas curtas nem ser magro e pernalta.

E como o Pug chegou ao Brasil?

Enquanto na Europa o Pug surgiu no século 16, na América, a chegada foi mais tardia. Os primeiros surgiram após a Guerra Civil Americana e em 1885, os Pugs já estavam por todo o país. No entanto, foi só em 1931 que um grupo de criadores e expositores decidiram formar um clube, o “Pug Dog of America” que foi formalmente reconhecido pelo American Kennel Clube.

No Brasil, os primeiros exemplares da raça chegaram apenas na década de 50 e, por muitos anos, ela foi considerada rara, cara e de difícil criação. Apenas nos anos 80, com mais qualidade nas importações é que os Pugs ficaram mais populares e acessíveis.

O boom viria mesmo no final da década seguinte, quando uma Pug chamada Inês participou da novela Por Amor, de Manoel Carlos, exibida pela Rede Globo em 1997, se tornando a Pug mais famosa do Brasil

Conhecidas por sua grande influência na vida do brasileiro, a novela acabou difundindo a raça Pug pelo país, ganhando marcas de roupa, acessórios e uma grande procura pela raça.

Atualmente, existem diversos canis especializados em Pugs no Brasil e a raça é uma das mais procuradas pelos brasileiros. Vale destacar que é sempre importante compartilhar informação relevante sobre as diferentes raças, como o Pug, que possuem particularidades e cuidados especiais.

Além de, claro, apenas adotar ou adquirir um pet quando tiver certeza que está pronto para cuidar do bichinho.

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Caroline Pasternack, em Mundo Animal

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.