O Grupo Indústria de Rações Patense, fabricante brasileira de pet food com exportações para três continentes, ensaia um pedido de recuperação judicial. A companhia ingressou com uma ação para solicitar, por 60 dias, o bloqueio da execução de dívidas enquanto trabalha em renegociações com credores.
Na tutela cautelar assinada pelo escritório TWK Advogados, a indústria reconhece uma dívida total de R$ 2,17 bilhões. De acordo com o Valor Econômico, o grupo pede a suspensão dos processos administrativos e a continuidade do fornecimento de bens essenciais durante esse período.
A indústria iniciou operações em 1970 na cidade de Patos Minas (MG) e atua no processamento de matérias-primas de origem animal, para produção de farinhas utilizadas nas rações. Uma de suas marcas, a Pets Mellon, destina-se à nutrição de animais de companhia. Além do complexo fabril em seu município de origem, mantém outras três plantas no interior de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O comércio exterior, com foco em países da América do Sul, do Norte, África e Ásia, representa cerca de 35% do faturamento. Agora, porém, a fabricante vem convivendo com dívidas bancárias e problemas envolvendo Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), emissões de debêntures que somam pelo menos R$ 690 milhões. Atualmente, cerca de R$ 500 milhões desses títulos ainda estão em circulação, enquanto o restante já venceu ou foi recomprado.
Indústria de rações atribui crise a aquisições
Mas o que explica a turbulência vivida pela indústria de rações? De acordo com a própria empresa, a crise é resultante de aquisições realizadas entre 2021 e 2023. As compras da Sebbo Passofundense Indústria e Comércio de Adubos e Fertilizantes e da unidade de bioprodutos de pescado da GDC foram dois exemplos de transações que exigiram elevados investimentos e não tiveram o desempenho esperado.
Devido aos atrasos nos pagamentos, credores declararam o vencimento antecipado de dívidas em abril. Há ainda a inadimplência no pagamento ao fundo Gama I FIP Multiestratégia, relacionado à aquisição da Farol Indústria e Comércio.
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A Abinpet celebra os R$ 42,3 bi do setor pet em 2024, mas alerta para a alta carga tributária de 54%. Defende isenção fiscal e reconhecimento do setor como essencial, além de reforçar inovação e regulação.
AnimalCode agiliza gestão de clínicas veterinárias com prontuário digital
Ivaldo Batista Jr. fundou a AnimalCode, pioneira em software veterinário na nuvem. Com foco em inovação, a empresa planeja integrar IA ao sistema até 2026, ampliando sua atuação no Brasil e em Portugal.
Petz e Cobasi avançam mais um passo para concluir fusão
Petz e Cobasi avançam na fusão, tornando a Petz subsidiária da Cobasi. A operação, avaliada pelo Cade, deve ser concluída no 1º trimestre. Petlove monitora impactos para a concorrência e consumidores.
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