O mercado de pet food no Brasil cresceu 12 pontos percentuais nos últimos quatro anos, segundo dados da Worldpanel da Kantar. Isso significa que mais de 7,8 milhões (ou 62%) de famílias brasileiras passaram a comprar alguma ração para cão ou gato no período. O perfil que mais ganhou espaço foram domicílios sem crianças e com até quatro pessoas.
Não à toa, a divisão que engloba alimentos industrializados para pets deve encerrar o ano com R$ 42,6 bilhões, segundo estimativa da Abinpet e do Instituto Pet Brasil (IPB). Ainda de acordo com o levantamento, a categoria de pet food apresentou crescimento de 14,2% em valor entre junho de 2023 e o mesmo mês deste ano.
“O número de pets nos lares aumentou e hoje mais de 50% dos lares brasileiros têm algum animal de estimação. Os canais especializados pulverizaram o pet food e os alimentares seguiram essa tendência, fazendo com o que o shopper fosse impactado mais vezes. Com isso, a própria indústria reforça o ritmo de lançamentos e consumidor também exige mais praticidade, migrando da alimentação caseira para a industrializada”, argumenta Tatiana Amade, gerente sênior de novos negócios da divisão Worldpanel da Kantar.
Mas a ascensão se deu especialmente pelo aumento de preços – alta de 15,4% absorvida pelos consumidores. Já o volume foi sustentado pela penetração (10,4%), principalmente nas classes D e E (3,2%) e com a cesta de compras mais robusta entre as classes A e B (3%). “De modo geral, o consumidor reside em um lar menor e sem crianças, onde os gastos são mais direcionados ao pet”, complementa.
Relação entre estabelecimentos e mercado de pet food
A pesquisa também revela que o canal especializado, que inclui pet shops e casas agrícolas, apresentou uma desaceleração nas vendas de alimentos para animais de estimação (-3,7% de contribuição em volume). As casas agrícolas, com mais de 10% de importância entre os canais, são as que mais contribuem para a queda.
Os e-commerces (+0,8%), por sua vez, já colaboram mais com as vendas do que os canais tradicionais (+0,7%). Os aplicativos são destaque quanto à relevância (38,8%), atrás do WhatsApp, que abocanha 44,8% das solicitações.
Quando o assunto é alimentação, a preferência varia conforme o pet que se tem em casa. Para cães, o mix de industrializada e caseira desponta, passando de 45% em junho de 2023 para 47,9% no mesmo período deste ano. Já para gatos, a comida industrializada é destaque, indo de 61% para 62,1%.
Preferência da alimentação entre cães e gatos
Reforma tributária no setor pet pode ir à Justiça
A Abinpet estuda acionar o STF contra a reforma tributária, que dá menos benefícios ao setor pet do que ao agro. Alta carga de impostos e incertezas travam o crescimento e investimentos no mercado.
Startup chinesa apresenta 1º smartphone para pets
A GlocalMe lançou o PetPhone, 1º smartphone para pets, no MWC 2025. Com IA, GPS e funções como chamadas, alertas e música, o aparelho ajuda no cuidado e localização do animal.
Cão-robô aprende e se adapta como humanos
A startup sueca IntuiCell criou Luna, um cão-robô com sistema nervoso digital que aprende como seres vivos. Sem pré-treinamento, a IA evolui via interação. A empresa agora mira robôs humanoides.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página: